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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Paixão sem Mistérios

A Paixão sem Mistérios? A Anatomia, a Química e a Biologia do Amor


Então de repente, no bar, na festa, na praia, na fila do banco - não importa -, os olhos se encontram. Primeiro uma ansiedade, um calor no peito que logo se espalha em calafrios que procuramos disfarçar. Um leve suor nas mãos. No primeiro encontro, os lábios ressecam um pouco antes do primeiro beijo, as palavras tremem embaraçadas em pensamentos confusos. Joelhos que mal sustentam o peso do corpo. Esquecemos do mundo lá fora em eternas horas de silenciosa saudade ao telefone, perfumadas com aquela inquietude própria dos amantes...

Quem nunca sentiu coisa parecida? Pois os cientistas - sempre eles! - querem nos convencer que toda esta áurea sedutora de mistério que envolve os assuntos do coração não passa de uma meia dúzia de manifestações anatômicas e equações bioquímicas. Até onde a ciência pode realmente traduzir em números e estatísticas aquilo que para muitos de nós é a verdadeira essência dos céus na Terra: o Amor?

Primeiro, definindo o amor.

O amor é uma experiência consumptiva. Mergulhamos euforicamente nesta deliciosa tortura e não comemos ou dormimos direito. Freqüentemente, é difícil manter a concentração. A Dra. Donatella Marazziti, psiquiatra da Universidade de Pisa, acredita que pessoas "doentes de amor" estejam realmente doentes: sofrem de um distúrbio obsessivo-compulsivo. Inegavelmente, paixão e psicose obsessiva-compulsiva compartilham diversos aspectos comuns. E isto não é meramente uma teoria sem fundamentos: "ambos estados associam-se a baixos níveis cerebrais de serotonina, uma substância química fabricada pelo corpo que nos ajuda a lidar com situações estressantes", afirma a médica.

Uma segunda descoberta do trabalho da Dra. Marazziti e não menos importante merece ser mencionada: bebidas alcoólicas também diminuem os níveis de serotonina no cérebro, criando a ilusão de que a pessoa do outro lado do bar é o amor da sua vida. Portanto, cuidado com as noitadas.

Que seja eterno enquanto dure.

Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que o amor possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se conheça, copule e produza uma criança. "Em termos evolucionários," - ela completa - "não necessitamos de corações palpitantes e suores frios nas mãos".

A pesquisadora identificou algumas substâncias responsáveis pelo Amor: dopamina, feniletilamina e ocitocina. Estes produtos químicos são todos relativamente comuns no corpo humano, mas são encontrados juntos apenas durante as fases iniciais do flerte. Ainda assim, com o tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a "loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração não dura para sempre. O casal, então, se vê frente a uma dicotomia: ou se separa ou habitua-se a manifestações mais brandas de amor - companheirismo, afeto e tolerância -, e permanece junto. "Isto é especialmente verdadeiro quando filhos estão envolvidos na relação", diz a Dra. Hazan.

Os homens parecem ser mais susceptíveis à ação das substâncias responsáveis pelas manifestações associadas ao Amor. Eles se apaixonam mais rápida e facilmente que as mulheres. E a Dra. Hazan é categórica quanto ao que leva um casal a se apaixonar e reproduzir: "graças à intensidade da ilusão romanceada que temos do Amor, achamos que escolhemos nossos parceiros, mas a verdade é conhecida até mesmo pelos zeladores dos zoológicos: a maneira mais confiável de se fazer com que um casal de qualquer espécie reproduza é mantê-los em um mesmo espaço durante algum tempo" - que o digam os processos de assédio sexual no local de trabalho...

Com base em pesquisas da Dra. Helen Fisher, antropologista da Universidade Rutgers e autora do livro The Anatomy of Love, pode-se fazer um quadro com as várias manifestações e fases do amor e suas relações com diferentes substâncias químicas no corpo.

Fórmulas do Amor: a paixão é uma reação química?

Os cientistas conhecem a Feniletilamina (um dos mais simples neurotransmissores) há cerca de 100 anos, mas só recentemente começaram a associá-la ao sentimento de Amor. Ela é uma molécula natural semelhante à anfetamina e suspeita-se que sua produção no cérebro possa ser desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um aperto de mãos.

O affair da feniletilamina com o Amor teve início com uma teoria proposta pelos médicos Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de Nova Iorque. Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada continha grandes quantidades de feniletilamina e que esta substância poderia responder, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.

A Dra. Helen Fisher demonstrou que a inconstância, a exaltação, a euforia, e a falta de sono e de apetite associam-se a altos níveis de dopamina e norepinefrina, estimulantes naturais do cérebro.

Alguns pesquisadores afirmam que exalamos continuamente, pelos bilhões de poros na pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamados Feromônios. Atualmente, existem evidências intrigantes e controvertidas de que os seres humanos podem se comunicar com sinais bioquímicos inconscientes. Os que defendem a existência dos feromônios baseiam-se em evidências mostrando a presença e a utilização de feromônios por espécies tão diversas como borboletas, formigas, lobos, elefantes e pequenos símios. Os feromônios podem sinalizar interesses sexuais, situações de perigo e outros. Se realmente existirem na espécie humana e sua percepção se der de maneira inconsciente, estaríamos permanentemente emitindo informações acerca de nossas preferências sexuais e desejos mais obscuros sem saber?

Os defensores da Teoria dos Feromônios vão ainda mais longe: dizem que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência destas substâncias controvertidas. Os feromônios – atestam – produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. À medida em que vamos nos tornando dependentes, a cada ausência mais prolongada nos dizemos "apaixonados" – a ansiedade da paixão, então, seria o sintoma mais pertinente da Síndrome de Abstinência de Feromônios.

Com ou sem feromônios, é fato que a sensação de "amor à primeira vista" relaciona-se significativamente a grandes quantidades de feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo. E voltamos à questão inicial: até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química ?

O amor por cima das teorias

Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação de que a evolução, por algum motivo, modificou nossos genes permitindo que o amor não-associado à procriação surgisse – calcula-se que isto se deu há aproximadamente 10.000 anos. Os homens passaram realmente a amar as mulheres, e algumas destas passaram a olhar os homens como algo mais além de máquinas de proteção.

A despeito de todos os tubos de ensaio de sofisticados laboratórios e reações químicas e moléculas citoplasmáticas, afinal, deve haver algo mais entre o céu e a terra...

Referências:

1. The Anatomy of Love, Helen Fischer, Norton, New York, 1992.

2. The Smell of Love, F. Bryant Furlow, Psychology Today, 3-4/95, pp. 38-45.

3. What's love got to do with it? The Evolution of Human Mating, Meredith F. Small, New York: Anchor Books, 1995

4. McEwen BS. Meeting report - is there a neurobiology of love? Mol Psychiatry. 1997 Jan;2(1):15-6.

5. Keller L. Evolutionary biology. All's fair when love is war. Nature. 1995 Jan 19;373(6511):190-1.

6. Mosher SV. A fool for love.

7. Spink G. Monash University - The Chemistry of Love.

8. Chemistry of Love. Niazi Archive Essays.

9. Radio National - The Health Report. Biology of love.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dores da Alma

Dores da Alma

As dores da alma não deixam recados,
imprimem uma sentença que perdura pelos anos.
Um amor que acabou mal resolvido...
Um emprego que se perdeu inexplicavelmente...
Um casamento que mal começou e já terminou...
Uma amizade que acabou com traição...

Tudo vai deixando sinais, marcas profundas...
Precisamos trabalhar as dores da alma,
para que sirvam apenas de aprendizado,
extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos...

Aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos...
Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a auto-estima...
Que se deixarmos seguir o caminho da dor e da lamentação,
iremos buraco abaixo no caminho da depressão.

As dores da alma não saem no jornal e não viram capa de revista...
E só quem sente, pode avaliar o estrago que elas causam.
O que vale é a PREVENÇÃO...
Então...

Ame-se para amar e ser verdadeiramente amado.
Sorria para que o mundo seja mais gentil!!!
Dedique-se para que as falhas sejam pequenas...
Não se compare, você é único!

Repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes
que as vezes estão bem diante do nosso nariz
e não a enxergamos...

Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização.
Tenha amigos e seja o melhor amigo de todos.
Sinta o seu cheiro e acredite em seu poder de sedução...
Estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor...

Creia em DEUS!!!
Pois sem ELE não há razão em nada!!!!
E tenha sempre a absoluta certeza de que,
depois da forte tempestade o arco-íris vai surgir,
O Sol vai brilhar ainda mais forte.
Por isso, amigo(a) lindo(a)...
Curta bem o dia de hoje!!
O amanhã, com certeza...
Pertence a DEUS!!!
Meu carinho especial para VOCÊ!!!
Amigos também dizem:
EU TE AMO!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O seu dia vai chegar !!!

O seu dia vai chegar!

A vida é mesmo incrível e imperdível! Os opostos e aparentemente contraditórios contêm em si sabedoria e verdade. Afirmo isso pensando justamente em dois ditados que, embora gramaticalmente se anulem, na prática do viver servem para nos mostrar o quanto é imprescindível apreender a cada instante para que, enfim, o grande dia chegue!

Quem procura, acha! e Pare de procurar, e encontrará!

É bem possível que essas duas sugestões já tenham funcionado com você. Mas também é muito provável que você se questione recorrentemente sobre como saber quando continuar procurando e quando parar de procurar?

A questão é que queremos certezas, e é bom partirmos da premissa de que certezas não combinam com vida, sucesso, realização, desejo, felicidade, amor ou qualquer uma dessas essencialidades humanas. Nesses casos, nesses tão extasiantes casos, haveremos de arriscar e apostar toda a imponderável imperfeição de uma alma em evolução, em todos os níveis - porque é o que temos, ou melhor, é o que somos!

Portanto, esteja você em busca de uma nova carreira, de um grande amor, de mais rendimentos financeiros, de um sentido maior para sua existência ou de um outro ritmo para tudo o que já existe, siga o fluxo, feito persistente e sábio rio, que confia e simplesmente se deixa levar até o lugar onde há de se tornar gigante.

Além de tornar o processo muito mais criativo e produtivo, você reconhecerá, a partir de escolhas cada vez mais íntegras e conscientes, que sabe bem menos do que supõe e, ainda assim, está bem mais perto do que acredita, especialmente quando consegue transformar a angústia da espera em conforto: o exercício de viver o que há para ser vivido e só.

E por tão belamente ter me permitido essa constatação – ainda que com medo de não conseguir – afirmo e exclamo: seu dia vai chegar! Mas não pense que de um nada que você faça, nem tampouco de um desespero com que possa vir a fazer. Sobretudo desvendando a direção, dia após dia, com cada um de seus tropeços e com cada arranhão decorrente de suas tão particulares e secretas quedas.

Porque este é o mapa, o indicador do caminho, a seta que lhe conduzirá ao que tanto você deseja, esteja à procura ou à espera, mas sempre, sempre, considerando que cada dia é parte indispensável e intransferível de sua chegada!

E fico torcendo para que você se sinta como eu me sinto – radiante! E que seja, por fim, como tão delicada e encantadoramente escreveu Eça de Queiroz:

(...) sentia um acréscimo de estima por si mesma,
e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante,
onde cada hora tinha o seu encanto diferente,
cada passo conduzia a um êxtase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

por: Rosana Braga

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE

A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE


Um dia, durante uma conversa entre advogados, me fizeram uma pergunta:

- O que de mais importante você já fez na sua vida?

A resposta me veio a mente na hora, mas não foi a que respondi pois as
circunstâncias não eram apropriadas.
No papel de advogado da indústria do espetáculo, sabia que os assistentes queriam escutar anedotas sobre meu trabalho com as celebridades. Mas aqui vai a verdadeira, que surgiu das profundezas das minhas recordações:

O mais importante que já fiz na minha vida, ocorreu em 08 de outubro de 1990. Comecei o dia jogando golfe com um ex-colega e amigo meu que há muito não o via. Entre uma jogada e outra, conversávamos a respeito do que acontecia na vida de cada um. Ele me contava que sua esposa e ele acabavam de ter um bebê. Enquanto jogávamos chegou o pai do meu amigo que, consternado, lhe diz que seu bebê parou de respirar e que foi levado para o hospital com urgência.

No mesmo instante, meu amigo subiu no carro de seu pai e se foi. Por um momento fiquei onde estava, sem pensar nem mover-me, mas logo tratei de pensar no que deveria fazer:

- Seguir meu amigo ao hospital ? Minha presença, disse a mim mesmo, não serviria de nada pois a criança certamente está sob cuidados de médicos, enfermeiras, e nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.

- Oferecer meu apoio moral? Talvez, mas tanto ele quanto sua esposa
vinham de famílias numerosas e sem dúvida estariam rodeados de amigos e familiares que lhes ofereceriam apoio e conforto necessários, acontecesse o que acontecesse. A única coisa que eu faria indo até lá, era atrapalhar.

Decidi que mais tarde iria ver o meu amigo. Quando dei a partida no meu
carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu carro aberto com as
chaves na ignição, estacionado junto as quadras de tênis. Decidi, então,
fechar o carro e ir até o hospital entregar-lhe as chaves.

Como imaginei, a sala de espera estava repleta de familiares que os
consolavam. Entrei sem fazer ruído e fiquei junto a porta pensando o que
deveria fazer. Não demorou muito e surgiu um médico que aproximou-se do casal e em voz baixa, comunica o falecimento do bebê.

Durante os instantes que ficaram abraçados - a mim pareceu uma eternidade- choravam enquanto todos os demais ficaram ao redor daquele
silêncio de dor. O médico lhes perguntou se desejariam ficar alguns instantes com a criança. Meus amigos ficaram de pé e caminharam resignadamente até a porta.

Ao ver-me ali, aquela mãe me abraçou e começou a chorar. Também meu amigo se refugiou em meus braços e me disse:

- Muito obrigado por estar aqui !

Durante o resto da manhã fiquei sentado na sala de emergências do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurar nos braços seu bebê, despedindo-se dele. Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida.

Aquela experiência me deixou três lições:

Primeira: o mais importante que fiz na vida, ocorreu quando não havia
absolutamente nada, nada que eu pudesse fazer. Nada daquilo que aprendi na universidade, nem nos anos em que exercia a minha profissão, nem todo o racional que utilizei para analisar a situação e decidir o que eu deveria fazer, me serviu para naquelas circunstâncias: duas pessoas receberam uma desgraça e nada eu poderia fazer para remediar. A única coisa que poderia fazer era esperar e acompanhá-los. Isto era o principal.

Segunda: estou convencido que o mais importante que já fiz na minha vida esteve a ponto de não ocorrer, devido as coisas que aprendi na universidade, aos conceitos do racional que aplicava na minha vida pessoal assim como faço na profissional. Ao aprender a pensar, quase me esqueci de sentir. Hoje, não tenho dúvida alguma que devia ter subido naquele carro sem vacilar e acompanhar meu amigo ao hospital.

Terceira: aprendi que a vida poder mudar em um instante.

Intelectualmente todos nós sabemos disso, mas acreditamos que os infortúnios acontecem com os outros. Assim fazemos nossos planos e imaginamos nosso futuro como algo tão real como se não houvesse espaços para outras ocorrências. Mas ao acordarmos de manhã, esquecemos que perder o emprego, sofrer uma doença, ou cruzar com um motorista embriagado e outras mil coisas, podem alterar este futuro em um piscar de olhos. Para alguns é necessário viver uma tragédia para recolocar as coisas em perspectiva.

Desde aquele dia busquei um equilíbrio entre o trabalho e a minha vida.

Aprendi que nenhum emprego, por mais gratificante que seja, compensa perder férias, romper um casamento ou passar um dia festivo longe da família.

E aprendi, que o mais importante da vida não é ganhar dinheiro, nem
ascender socialmente, nem receber honras. O mais importante da vida é ter tempo para cultivar uma amizade.

Texto Anonimo ... porem mto lindo.